A IPUPIARA E ALÉM
PELA VOLTA DE UM HUMANISMO MONSTRUOSO NA ACADEMIA
Resumo
Parte-se do testemunho de uma experiência concreta de pesquisa interdisciplinar em ambiente universitário real, num contexto relativamente emblemático, da qual se retiram elementos para o diagnóstico de limitações do trabalho acadêmico atual: um sectarismo regressivo e (no caso das ciências humanas) a vigência estrita (em última instância reativa e arbitrária) de paradigmas historicistas e psicologizantes quanto à análise de fenômenos culturais. Para sair do impasse, propõe-se a retomada de perspectivas comparativas em sentido amplo, como as estruturalistas de Lévi-Strauss, e de concepções sui generis sobre a fantasia e imaginação, tal como as desenvolvidas no período da alta idade média no ocidente, cuja inesperada relevância atual (mesmo para abordagens de vanguarda como a "desconstrução") se destaca.