UMA SONDAGEM SOBRE O TEMPO CÍCLICO E PSICOLÓGICO EM “OS RATOS”, DE DYONÉLIO MACHADO:

Uma aproximação da obra à vanguarda do Expressionismo

  • Edgard TESSUTO JUNIOR Universidade de São Paulo (USP-FFLCH)
Palavras-chave: Literatura. Romance Contemporâneo. Dyonélio Machado. Os Ratos.

Resumo

Este artigo analisa aspectos da obra Os ratos, do romancista gaúcho Dyonélio Machado, a partir de perspectivas da análise crítica do discurso (Bakhtin, 1992) quanto à superposição de discursos, da crítica literária e histórica quanto ao neorrealismo de 30 (Camargo, 1998; Arrigucci Junior, 2004) e, por fim, da crítica psicanalítica quanto às relações entre neurose e vida social (Freud, 1975). Nesse sentido, analisa, mais especialmente, o modo como o narrador onisciente se relaciona com o protagonista de sua narrativa, assim como o modo como este protagonista se relaciona, alienada e neuroticamente, com o seu próprio cotidiano, desfigurando tempo, espaço e fatos de sua história. Esta análise conduz à compreensão de uma espécie de alienação, de zoomorfização e de desarticulação da vida psicológica do protagonista relacionada à desumanização da vida material, política e social, trazendo à tona, figurativa e mais largamente, uma espécie de chave metonímica para a compreensão da condição experimentada pela classe trabalhadora no contexto capitalista contemporâneo.

 

PALAVRAS-CHAVE: Romance de 30. Análise de Discurso. Psicanálise. Os ratos.

Biografia do Autor

Edgard TESSUTO JUNIOR, Universidade de São Paulo (USP-FFLCH)

Doutor em Tradução Português – Espanhol e Português-Nheengatu (2023), pela Universidade de São Paulo (USP); Mestre em Literatura Brasileira (2015) pela Universidade de São Paulo (USP); Graduado e Licenciado em Letras Português-Espanhol (2004). Atua como professor de colégios e cursos pré-vestibulares, onde leciona Língua Portuguesa, com especialidade em Gramática Normativa. Represente discente do Centro Ángel Rama, da Faculdade de Letras da USP. E-mail: <edaotesjunior@hotmail.com>.

Publicado
2025-02-28