O ORIENTALISMO NO CONTO “O SALTEADOR”, 1891, DE CRISTÓVÃO AIRES

  • Vitória CHIOVETTO Universidade de São Paulo (USP)
  • Helder GARMES Universidade de São Paulo (USP)
Palavras-chave: Cristóvão Aires, Orientalismo, Literatura Goesa em Língua Portuguesa, Literatura Indo-Portuguesa

Resumo

O artigo em questão se propõe a investigar traços de orientalismo, conceito criado por Edward W. Said (1979), presentes no conto “O salteador”, do escritor goês Cristóvão Aires (1853-1930), contido em seu livro de contos Longínquas: fantasias orientais, de 1891. O orientalismo como um modo estereotipado e opressor de ver a Ásia aparece no conto de Aires, principalmente, pelo olhar do narrador onisciente, ao descrever o ambiente e as personagens indianas. Apesar disso, o autor pode ser incluído na vertente literária indianista de Goa, que tinha como meta recuperar os valores hindus perdidos na colonização. Este texto também traz um panorama histórico da vida de Cristóvão Aires, sempre em função de entender as contradições presentes no conto “O salteador”.

Biografia do Autor

Vitória CHIOVETTO, Universidade de São Paulo (USP)

USP – Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras – Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas – São Paulo – SP – Brasil. 05508-900. Endereço eletrônico: <vitoria.chiovetto@usp.br>

Helder GARMES, Universidade de São Paulo (USP)

Possui graduação em Linguística e em Letras pela Universidade Estadual de Campinas (1983, 1985), mestrado em Teoria e História Literária pela mesma universidade (1993), doutorado em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (1999), tendo realizado estágios pós-doutorais na École des Hautes Études en Sciences Sociales (2005), no College of Humanities da Ohio State University (2009) e na University of Leeds (2016). Atualmente é professor livre-docente da Universidade de São Paulo, atuando especialmente nas áreas de literatura portuguesa, estudos comparados de literaturas de língua portuguesa e história da literatura. Tem por foco dois núcleos de pesquisa: um voltado para a obra de Eça de Queirós; outro voltado para a literatura de língua portuguesa de Goa e de outras ex-colônias portuguesas na Ásia. Coordena, ao lado de Giuliano Lelis Ito Santos, o Grupo Eça, registrado no CNPq. Coordena também o projeto Temático Pensando Goa: Uma Peculiar Biblioteca de Língua Portuguesa (FAPESP - Proc. 2014/15657-8). É autor do livro Romantismo Paulista (2006), organizador do volume Oriente, Engenho e Arte (2004), co-organizador de Literatura Portuguesa: História, Memória e Perspectivas (2007), de três números especiais da revista Via Atlântica (2011, 2016 e 2019) sobre literatura e cultura em Goa, entre outros trabalhos>

Publicado
2022-02-24