SE NÃO É CRÍTICA, NÃO É AULA
O ENSINO INDISCIPLINAR DE LÍNGUA PORTUGUESA E A VERDADEIRA ESSÊNCIA DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Resumo
O presente documento explicita um trabalho documental bibliográfico concernente às classes de Língua Portuguesa como espaços de formação do sujeito na língua e através dela para o mundo social, as quais reclamam a lúcida averbação das realidades e dos problemas da sociedade em que vivemos às experiências pedagógicas, como efetivação da formação para o exercício autônomo, reflexivo, crítico, responsável e responsivo da cidadania. Logo, consoante estudos de Moita Lopes (2010) e Pennycook (2006), aclarar-se-á como a aula de Língua Portuguesa é, por excelência e exigência de sua vocação cidadã, um espaço crítico de acontecimento dos sujeitos-educandos, à luz de uma escola e de uma docência insubordinadas às agendas políticas, mas advogadas do verdadeiro ofício da Educação, qual postulam Saviani (2018), Paro (2014; 2001) e Santomé (2004), assumindo que letrar não é dar a saber apenas do linguístico, mas das estruturas de poder que, linguisticamente, abrem asas ou acorrentam o humano a partir das carteiras escolares.