DO ROMANCE AO FILME: O PAPEL DA CÂMERA NA GÊNESE CINEMATOGRÁFICA

Resumo

Os estudos sobre a gênese da criação têm ampliado seu campo de pesquisa no que diz respeito às novas reflexões sobre os processos criativos da obra de arte. Nesse sentido, este artigo aborda uma visão sobre a crítica genética no cinema apresentando o papel da câmera como (re)criadora da impressão da realidade e parte do processo de criação. Para tanto utilizamo-nos de referenciais teóricos sobre linguagem cinematográfica, tradução intersemiótica, bem como pressupostos metodológicos da crítica genética. Como corpus de análise utilizamos a transcodificação do romance queirosiano O Primo Basílio (1878) para o filme homônimo produzido e dirigido por Daniel Filho (2007).