VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS E RESPEITO LINGUÍSTICO E SOCIOCULTURAL NO CAMPO JURÍDICO

  • Cleide Emilia Faye PEDROSA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE (UFS)
  • Rita Simone Barbosa LIBERATO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
  • Gabriely da Silva LEITE UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE (UFS)
Palavras-chave: Sociolinguística; Variação Linguística; Campo Jurídico

Resumo

O artigo em pauta tem como base  a Sociolinguística Laboviana (SL), a partir do recorte de estudos das variações linguísticas diatópicas (regionais) e diastráticas (sociais). Contudo, acrescentamos que nosso olhar não deixará de incluir influências da perspectiva da Sociolinguística Interacional (SI). Nesses nichos de estudos, podemos trabalhar com relatos de comunidades linguísticas variadas, verificando suas atitudes sociais para com a língua em comum, observando seu olhar para as formas de variação, as causas, as funções e a relação que se estabelece entre esses fatores. No Brasil, identificamos diferenças dialetais não só regionais, mas também sociais. Além do mais, identificamos que, devido ao grande desequilíbrio econômico, há um forte preconceito linguístico que alimenta a crítica dos usuários da língua padrão em relação aos menos favorecidos, inclusive sem formação acadêmica, gerada como consequência das diferenças de recursos financeiros. Como linguistas, aceitamos e defendemos que todas as variedades de nossa língua têm o mesmo valor. No entanto, não somos ingênuas acerca de que há julgamento ou pré-julgamento político e social sobre o falar das pessoas, priorizando-se, assim, a variedade padrão. Obviamente, aspectos históricos têm fortes influências na definição da variedade padrão, mas não se apagam as influências econômicas, políticas e culturais. Com base neste contexto prévio, anunciamos o objetivo deste paper  qual seja: refletir sobre a apropriação do falar regional pelo usário de outra variação a fim de estabelecer uma comunicação mais humanizadora e solidária.

Biografia do Autor

Cleide Emilia Faye PEDROSA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE (UFS)

Pós-Doutorado no Progrma de Pós-Graduação em Linguística da Universidade do Estado Rio de Janeiro (2008); Investigadora Visitante pela Universidade de Lisboa, Portugal (2019-2020). Docente da Universidade Federal de Sergipe, no Departamento de Letras Libras e Programa de Pós-graduação em Letras. E-mail: <cleidepedrosa@academico.ufs.br>.

Rita Simone Barbosa LIBERATO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

Doutora em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Realizou Doutorado Sanduíche na Ryerson University, Canadá, com bolsa da CAPES - PDSE (Processo N.88881.132108/2016-01). Mestre em Comunicação e Cultura pela Ryerson University and York University (2009). Diplomada em Canadian Journalism for Internationally Trained Writers no Sheridan College - Graduate Programs (2008). Possui licenciatura em Letras Português (1991), Bacharelado em Relações Públicas (1991) e Bacharelado em Jornalismo (1994). É supervisora do Programa Cultura do Sesc Sergipe. Produtora cultural, editora e diretora de vídeos participativos, tem realizado projetos em comunidades na África do Sul, Brasil, Canadá e Moçambique explorando temas referentes a comunicação, educação, linguagens, gênero, segurança alimentar e natureza (Bem Viver). É integrante da Associação Brasileira de Pesquisadores e Comunicadores em Comunicação Popular, Comunitária e Cidadã (ABPCom), do Grupo de Pesquisa Comunicação, Alteridade e Diversidade (Sociedade Brasileira de Comunicação), do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas (UFS), Núcleo de Estudos dos Marcadores Sociais da Diferença (USP), todos certificados pelo CNPq.

Gabriely da Silva LEITE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE (UFS)

Graduanda em Letras Libras. Bolsista voluntária de Iniciação Científica.

Publicado
2025-02-28