EUCLIDES DA CUNHA, ENTRE A CIÊNCIA E A ARTE

  • Carlos Antônio Magalhães GUEDELHA Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
Palavras-chave: Ciência. Arte. Escrita. Os sertões.

Resumo

RESUMO: O presente artigo tem o objetivo de refletir a respeito da dicotomia entre escrita artística e escrita científica. Um dos dilemas vividos pelo escritor Euclides da Cunha, que costumava passar em revista a sua própria obra, e titubeava ante as linhas cruzadas da ciência com a arte, por sentir incompatibilidade entre texto literário e texto científico, mas ao mesmo tempo desejava conciliar essas duas metodologias de escrita. A base teórica da pesquisa conta, primordialmente, com as contribuições de Gaston Bachelard (1937, 1949, 1972), Rita de Cássia Paiva (2005), Valnice Galvão e Oswaldo Galotti (1997), Regina Abreu (1998) Léa Santana Dias (2009), autores que tratam das interfaces da ciência com a arte e também de Euclides como escritor. O estudo procura mostrar que a grandeza da escrita de Euclides, no livro Os sertões, deve-se em grande medida ao fato de que o cientista entra na pauta do artista, e o artista invade a seara do cientista, promovendo um incessante diálogo da ciência com a arte.

 

PALAVRAS-CHAVE: Ciência. Arte. Escrita. Os sertões.

Biografia do Autor

Carlos Antônio Magalhães GUEDELHA, Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Pós-doutor em Literatura pela UnB; Doutor em Linguística pela UFSC; Professor da UFAM. Endereço eletrônico: <cguedelha@gmail.com>

Publicado
2023-12-30