A FUNÇÃO-AUTOR NA LITERATURA MARGINAL

  • Élida Cristina de CARVALHO CASTILHO Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - Catanduva
Palavras-chave: Autoria. Representação. Literatura Marginal. Desconstrução.

Resumo

Não é de hoje que a relação entre literatura e verdade está nos caminhos dos textos literários, o que, muitas vezes, dentro desse horizonte cultural, define a literatura com um valor metafísico de representação, somente no nível do visível. Esse modo de ler e compreender a literatura, entretanto, significa, também, na relação entre autoria e representação, autoria e obra, conceber o autor somente como intérprete dessa realidade, como centro de onde partem e para onde convergem os sentidos. Centrado, pois, nos pressupostos teórico-metodológicos dos estudos discursivos-desconstrutivos e em seus mecanismos de compreensão, a partir da relação da linguagem com sua historicidade, neste texto, é a noção de função-autor (FOUCAULT, 2003), determinada por suas condições de existência e, sobretudo, de resistência, que pretendemos sublinhar, no intuito de perceber como a autoria, na/pela literatura marginal contemporânea do sujeito-enunciador Geovani Martins, mais que a indicação de um gesto, um discurso verdadeiro, uma “presença”, carrega outras funções, principalmente, a de apontar que outras ocorrências de um conjunto de discursos/olhares são possíveis.

 

PALAVRAS-CHAVE: Autoria. Representação. Literatura Marginal. Desconstrução.

Biografia do Autor

Élida Cristina de CARVALHO CASTILHO, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - Catanduva

Doutora em Letras pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Campus Três Lagoas. Professora EBTT Português/Espanhol no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, Campus Catanduva (IFSP-Catanduva). Membro do grupo de pesquisa O (res)significar no/sobre/pela linguagem, escritura, (escre)vivência, CNPQ/UFMS. E-mail: <elida.castilho@ifsp.edu.br>.

Publicado
2023-04-29